CHANZ
CHANZ Nada havia ao redor. Deserto de casas, de prédios, de poluição. Cheio, todavia, de um vazio puro: uma paisagem absurda de tranqüilidade, um sonho real, uma verdade ao alcance de qualquer um. Olhei pra cada lado e não vi coisa alguma, a não ser um horizonte longínquo, ora azul, ora cinzento; ora pardo, ora colorido, porém distante. Não havia fim nem nada. Um templo moderno, talvez construído naquele instante. A estrutura antiga manifestava um estilo entre Colonial, Gótico, Romano. Invulgar... muito esquisito, mas calmo. Inspirava‑me concórdia. - Chanz! Assim chamei o templo, sem querer, ao contemplá-lo. Não sei o que significa, nem se há em alguma língua. - Chanz! - C h a n z... a n z... a n z... Ecoava, caso o chamasse ou o mentalizasse. O que se dissesse, ou se passasse na mente, ressoava. Chanz me fez sentir força de contemplação, análise do mundo, do homem... aí entrei com o passo de urubu malandro. Lá dentro, a beleza excedeu‑se, me causou